sábado, 23 de fevereiro de 2008

DESPEDIDA

Estou a fenecer
a cada instante,
a cada hora,
a cada dia.
E tu,
quem vive ao meu lado,
não percebes,
não prestas atenção
às mínimas pistas
que te as dou.
Preferes ficar na superfície
e não ires a fundo
no que imaginas que vês.
O fim é próximo,
caminha a passos largos
e como todo poeta
cumprirei este destino.
Nesta hora suprema,
dar-te-ei um beijo,
um beijo de despedida,
um beijo sobre uma lápide,
um beijo gelado
e todo o meu legado.

Estou a fenecer
a cada instante,
a cada hora,
a cada dia.
E tu,
quem vive ao meu lado,
não percebes,
não prestas atenção
às mínimas pistas
que te as dou.
Preferes ficar na superfície
e não ires a fundo
no que imaginas que vês.
O fim é próximo,
caminha a passos largos
e como todo poeta
cumprirei este destino.
Nesta hora suprema,
dar-te-ei um beijo,
um beijo de despedida,
um beijo sobre uma lápide,
um beijo gelado
e todo o meu legado.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 23/02/2008

Código do texto: T871827

ÚNICA FANTASIA

A única fantasia
que não me realizaste
foi a de ter ver nu
a andar pela tua terra natal.

Repressão?
Medo?
Ou falta de coragem?

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 23/02/2008

Código do texto: T871823

MESMICE

A mesmice
das coisas
me incomoda,
me tira do sério.
A mesmice
da vida,
do viver.
A mesmice
do olhar.
A mesmice
do meu ritmo
que não procuro modificar.

Edilmar Amaral

Publicado no Recanto das Letras em 23/02/2008

Código do texto: T871821